terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Eu


(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou,
um pouco nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo no pires de porcelana,

dragão partido, flor branca,
ficou um pouco de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.

Oh abre os vidros de loção
e abafa o insuportável mau cheiro da memória.

(Resíduo - Carlos Drummond de Andrade)

Resposta - Skank

Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou prá trás
Também o que nos juntou...
Ainda lembro
Que eu estava lendo
Só prá saber
O que você achou
Dos versos que eu fiz
Ainda espero
Resposta...

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou...
Você está vendo
O que está acontecendo
Nesse caderno
Sei que ainda estão...
Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...

Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante...

Meus versos teus

As palavras expressam os sentimentos da alma...

Seu poder é tanto que pode ferir sem sangrar, que pode matar sem querer...

Os meus versos teus podem ser interpretados de diversas maneiras e não ouso deixá-los concretos! Crie! Sinta-se livre neste mundo abstrato onde os meus X teus ou os meus versos para você tem muito a dizer!